CYPERACEAE

Eleocharis bonariensis Nees

Como citar:

Pablo Viany Prieto; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Eleocharis bonariensis (CYPERACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

310.099,496 Km2

AOO:

60,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre no Paraguai, Argentina, Chile, Uruguai e Brasil, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Trevisan; Boldrini, 2008).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Pablo Viany Prieto
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Categoria: LC
Justificativa:

<i>Elaeocharis bonariensis</i> apresenta distribuição relativamente ampla no domínio Atlântico. Habita diferentes tipos de habitat, inclusive beiras de estradas, e pode formar grandes subpopulações. Ocorre em algumas unidades de conservação (SNUC) de proteção integral.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

A presença de flor na gluma inferior é um caráter incomum, e isto distingue E.bonariensis da grande maioria das espécies encontradas no Rio Grande do Sul (Trevisan; Boldrini, 2008).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Habita campos úmidos, brejos, córregos, canais de irrigação, turfeiras e áreas úmidas na faixa de domínio de rodovias, muitas vezes formando grandes manchas homogêneas (Trevisan; Boldrini, 2008).
Habitats: 4.6 Subtropical/Tropical Seasonally Wet/Flooded Lowland, 5 Wetlands (inland), 5.4 Bogs, Marshes, Swamps, Fens, Peatlands
Detalhes: Herbácea perene, rizomatosa, que habita áreas úmidas e córregos. Fértil de setembro a março e polinizada pelo vento.

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
No estado do Rio Grande do Sul, o desmatamento dos bosques naturais, especialmente da Floresta Estacional e da Mata dos Pinheiros, é uma das consequências do modelo de desenvolvimento que sempre buscou novas fronteiras agrícolas e novas áreas para cultivo, promovendo o plantio até a borda dos cursos d´agua, com perda de vegetação ciliar, e implicando no uso de adubos químicos de alta solubilidade e na aplicação de herbicidas e pesticidas. A consequência imediata da retirada da cobertura vegetal foi a maior fragmentação dos ecossistemas e o aumento do processo erosivo. A longo prazo, tal situação levou a sérios problemas associados, como perda da capacidade produtiva das terras, redução nas colheitas, degradação física, química e biológica dos solos, aumento no custo de produção, assoreamento dos rios e reservatórios, redução na qualidade e disponibilidade da água, aumento no custo de tratamento e danos à vida aquática. O domínio da Mata Atlântica ocupava, originalmente, cerca de 13 milhões de hectares (50% da superfície do Estado), tendo atualmente remanescentes de mata e restinga que atingem apenas 600.000 hectares, aproximadamente, 5% da cobertura original. Outra consequência direta do desmatamento abusivo tem sido o desaparecimento gradativo de espécies vegetais de valor econômico e ecológico. Nas áreas de restinga, junto ao Litoral do Estado do RS, há situações bastante distintas em função de influências antrópicas e relativamente ao seu estado de conservação, no que se refere aos aspectos da biodiversidade. O Litoral-Norte, que tem estreita relação com os remanescentes da Mata Atlântica, teve forte perda de suas características naturais, motivadas por urbanização, além de outros fatores antrópicos de menor intensidade (Margareth et al., 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Citada como "Vulnerável' (VU) na Lista Vermelha da flora ameaçada de São Paulo (SMA-SP, 2004)
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Ocorre no PARNA Itatiaia, Itatiaia - RJ; P.E. Campos do Jordão,Campos do Jordão - SP.